A Biovert realizou um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) em Área de Preservação Permanente (APP) de aproximadamente 1,0 ha na região de Itatiaia/RJ. Foram utilizadas 35 espécies nativas de Mata Atlântica, totalizando mais de 1.600 mudas. Dentre as espécies utilizadas destacam-se a aroeira (Schinus terebinthifolius), ipê-rosa (Handroanthus impetiginosus), babosa-branca (Cordia superba), jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), guanandi (Calophyllum brasiliense) e jerivá (Syagrus romanzoffiana). As mudas utilizadas neste projeto são de porte entre 0,70 e 1,20m, conforme previsto pela legislação.
Por que realizar um PRAD
Dentre as justificativas para realização de projetos de revegetação destacam-se a contribuição para a manutenção dos regimes hídricos, provimento de abrigo e corredores para fauna, atribuindo mais funções ecológicas a esse ecossistema; Acelerar o processo de sucessão vegetal através do plantio simultâneo de espécies de diferentes grupos ecológicos e o provimento de uma rápida cobertura vegetal das áreas degradadas.
Etapas de um PRAD
As atividades foram realizadas no período de 30 dias entre os meses de fevereiro e março de 2016 e incluíram limpeza da área com roçada, catação e ensacamento do lixo não orgânico; Coleta de amostras de solo para análise; Preparo da área para plantio que consiste em: marcação (em nível caso necessário) e abertura dos berços, adubação fosfatada; Distribuição e Plantio com uso de hidrogel e Adubação fosfatada e orgânica; Confecção de aceiro ao redor da área de plantio, para prevenção em caso de incêndio, e Revisão do cercamento da área de plantio, com o intuito de proteger as mudas plantadas.
A Biovert também realizou Projetos de Recuperação de Área Degradada em outras localidades, como Cachoeira de Macacu, Nova Iguaçu (Serra de Madureira), Rio das Ostras e Rio de Janeiro (Morro do Pica-Pau).
Atividade precursora realizada em toda a área para o posterior plantio e, essa atividade contempla as seguintes operações: roçada, destoca e enleiramento de gramíneas invasoras e demais espécies vegetais invasoras.
As manutenções
Projetos de recuperação preveem a realização de manutenções até o cumprimento das premissas constantes na Resolução do Inea. No caso deste projeto, realizado a partir de 2015, o embasamento técnico de monitoramento foi regido pela Resolução 89/2014 do INEA, vigente na ocasião (e que teve alguns itens revogados posteriormente pela Resolução 143/2017 do INEA.) A resolução de 2014 “Dispõe sobre as proporções mínimas aplicáveis para reposição florestal, decorrentes do corte ou supressão de vegetação pertencente às formações florestais nativas e ecossistemas associados do Bioma Mata Atlântica, bem como de intervenções em Áreas de Preservação Permanente – APP, para fins de Licenciamento Ambiental e/ou de Autorização para Supressão de Vegetação Nativa – ASV no Estado do Rio de Janeiro.”
A Biovert privilegia o uso de mudas de qualidade e de um trabalho minucioso de preparo da área para os plantios, garantindo melhores resultados de desenvolvimento das mudas. A Resolução indica parâmetros de acompanhamento do desenvolvimento da vegetação da área recuperada de acordo com diversos itens que procuram atestar a conclusão satisfatória de um projeto como este. O objetivo é que a área seja capaz de dar continuidade à regeneração naturalmente, sem a necessidade de manutenções, após um período de até 4 anos. Cumpridas as premissas, o INEA atesta a conclusão do projeto e considera cumprida a compensação ambiental.